sábado, 28 de junho de 2008
Oposição aguarda relatório da PF sobre caso Alstom; deputados querem CPI
colaboração para a Folha Online
Após derrota na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) para investigar o caso Alstom, os deputados estaduais de oposição Roberto Felício (PT-SP), Simão Pedro (PT-SP) e Ivan Valente (PSOL-SP), e o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), analisam pedir a abertura de uma CPI para apurar o caso na Câmara Federal.
De acordo com os deputados, um relatório da Polícia Federal sobre as investigações deve ser entregue até a próxima semana à bancada, o que dará mais subsídios aos deputados para solicitar que o caso seja investigado nacionalmente.
Em maio, o "Wall Street Journal" revelou que a França e a Suíça tinham documentos mostrando que Alstom teria pagado US$ 6,8 milhões a políticos para ganhar uma licitação de US$ 45 milhões do Metrô de São Paulo nas gestão tucanas. Contratos fechados pela Alstom com outras estatais paulistas também estão sob suspeita.
Segundo os deputados, além das informações ligadas às estatais paulistas, o relatório deve acrescentar informações sobre o pagamento de propinas da Alstom para ganhar contratos relacionados às estatais federais do sistema Eletrobrás.
"No plano federal o número de contratos [investigados pela Polícia Federal] é na ordem de mais de R$ 7 bilhões com estatais federais da Eletrosul, Eletronorte e do sistema Eletrobrás. Vale dizer que o ex-presidente da Alstom até abril era presidente da Eletrobrás no começo do governo Lula [PT-SP], mas a maioria dos contratos foram feitos no governo Fernando Henrique Cardoso [PSDB-SP]", afirmou o deputado Ivan Valente.
Os deputados participaram de uma reunião nesta sexta-feira com o procurador geral da Justiça, Fernando Grella Vieira, sobre o andamento das investigações. Na ocasião, eles entregaram a ele um relatório elaborado pela bancada na Alesp sobre o caso. A oposição espera se reunir na próxima semana com o promotor Silvio Antonio Marques, que comanda as investigações, para discutir o caso. À imprensa, procuradoria afirmou apenas que as investigações correm em sigilo e que não deve se pronunciar para não comprometer o caso.
"Não queremos deixar o assunto morrer. Já aprovamos [a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Federal] um requerimento para convocar o presidente da Alstom, e queremos marcar uma audiência com o ministro Tarso Genro [Justiça] para conseguir mais informações junto ao Ministério Público", disse o deputado federal Jilmar Tatto, presidente da comissão.
Os deputados esperam ouvir o presidente da Alstom, os Ministérios Públicos Federal e Estadual e a Polícia Federal em uma audiência pública em Brasília antes do início do recesso da Câmara, que começa no dia 17 de julho. Até lá, a bancada estuda a viabilidade de pedir uma CPI nacional sobre o caso.
"Esse é um dos maiores escândalos e tem sido blindado no estado de São Paulo e que possivelmente sofrerá resistência em Brasília também. [...] E hoje ela [a Alstom] está na concorrência do trem-bala que nós estamos para produzir com bilhões de reais entre Rio e São Paulo", afirmou Valente.
Na Alesp, a oposição conseguiu apenas 23 das 32 assinaturas necessárias para pedir a abertura de uma CPI sobre o caso. Na Câmara, são necessárias 171 assinaturas.
colaboração para a Folha Online
Após derrota na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) para investigar o caso Alstom, os deputados estaduais de oposição Roberto Felício (PT-SP), Simão Pedro (PT-SP) e Ivan Valente (PSOL-SP), e o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), analisam pedir a abertura de uma CPI para apurar o caso na Câmara Federal.
De acordo com os deputados, um relatório da Polícia Federal sobre as investigações deve ser entregue até a próxima semana à bancada, o que dará mais subsídios aos deputados para solicitar que o caso seja investigado nacionalmente.
Em maio, o "Wall Street Journal" revelou que a França e a Suíça tinham documentos mostrando que Alstom teria pagado US$ 6,8 milhões a políticos para ganhar uma licitação de US$ 45 milhões do Metrô de São Paulo nas gestão tucanas. Contratos fechados pela Alstom com outras estatais paulistas também estão sob suspeita.
Segundo os deputados, além das informações ligadas às estatais paulistas, o relatório deve acrescentar informações sobre o pagamento de propinas da Alstom para ganhar contratos relacionados às estatais federais do sistema Eletrobrás.
"No plano federal o número de contratos [investigados pela Polícia Federal] é na ordem de mais de R$ 7 bilhões com estatais federais da Eletrosul, Eletronorte e do sistema Eletrobrás. Vale dizer que o ex-presidente da Alstom até abril era presidente da Eletrobrás no começo do governo Lula [PT-SP], mas a maioria dos contratos foram feitos no governo Fernando Henrique Cardoso [PSDB-SP]", afirmou o deputado Ivan Valente.
Os deputados participaram de uma reunião nesta sexta-feira com o procurador geral da Justiça, Fernando Grella Vieira, sobre o andamento das investigações. Na ocasião, eles entregaram a ele um relatório elaborado pela bancada na Alesp sobre o caso. A oposição espera se reunir na próxima semana com o promotor Silvio Antonio Marques, que comanda as investigações, para discutir o caso. À imprensa, procuradoria afirmou apenas que as investigações correm em sigilo e que não deve se pronunciar para não comprometer o caso.
"Não queremos deixar o assunto morrer. Já aprovamos [a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Federal] um requerimento para convocar o presidente da Alstom, e queremos marcar uma audiência com o ministro Tarso Genro [Justiça] para conseguir mais informações junto ao Ministério Público", disse o deputado federal Jilmar Tatto, presidente da comissão.
Os deputados esperam ouvir o presidente da Alstom, os Ministérios Públicos Federal e Estadual e a Polícia Federal em uma audiência pública em Brasília antes do início do recesso da Câmara, que começa no dia 17 de julho. Até lá, a bancada estuda a viabilidade de pedir uma CPI nacional sobre o caso.
"Esse é um dos maiores escândalos e tem sido blindado no estado de São Paulo e que possivelmente sofrerá resistência em Brasília também. [...] E hoje ela [a Alstom] está na concorrência do trem-bala que nós estamos para produzir com bilhões de reais entre Rio e São Paulo", afirmou Valente.
Na Alesp, a oposição conseguiu apenas 23 das 32 assinaturas necessárias para pedir a abertura de uma CPI sobre o caso. Na Câmara, são necessárias 171 assinaturas.
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