sexta-feira, 26 de junho de 2009

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS


CASO ALSTOM E OS TUCANOS

Governo reclama de falta de dados sobre bloqueio de conta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro vai encaminhar ofício às autoridades da Suíça reclamando de não ter sido comunicado sobre o bloqueio do Ministério Público daquele país de conta atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo.
Segundo promotores suíços, há indícios de que a conta recebeu dinheiro proveniente de propina da empresa francesa Alstom.
O DRCI, ligado ao Ministério da Justiça e responsável pela repatriação de ativos, ficou sabendo do congelamento de pouco menos de US$ 1 milhão pela Folha.
Reportagem de anteontem revelou que a Suíça havia bloqueado conta bancária atribuída a Marinho que supostamente recebeu comissões ilegais da Alstom.
Marinho nega ter a conta. "Estou sofrendo um processo leviano de insinuações sem fundamento", disse.


A falta de comunicação nesse caso, segundo profissionais ligados ao combate à lavagem de dinheiro, é inédita. A atitude pode inviabilizar a eventual repatriação do dinheiro e complicar ainda a obtenção de provas no processo contra a Alstom, que depende de aval do DRCI.
A multinacional é investigada na Suíça, na França e no Brasil por suspeita de pagar comissões ilegais para obter contratos com governos do Brasil e de outros países. Em São Paulo, estão sob suspeita contratos da Eletropaulo e do Metrô, firmados durante governos tucanos.
Marinho foi chefe da Casa Civil na gestão Mario Covas. Ele é suspeito de ajudar a empresa a obter um contrato de R$ 110 milhões, em 1998.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

 
Suíça bloqueia conta atribuída a conselheiro de TCE
Ministério Público suíço tem indícios de que Robson Marinho, do Tribunal de Contas de São Paulo, recebeu propina da AlstomConselheiro nega ter conta no exterior; ele é suspeito de ter ajudado a empresa a obter contrato de R$ 110 mi no governo de Mario Covas
REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta naquele país atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo. Segundo a Folha apurou, com três profissionais que acompanham a investigação, o órgão reuniu indícios de que a conta recebeu pagamento de propina da Alstom.Marinho é suspeito de ter ajudado a Alstom a conseguir contrato de R$ 110 milhões em 1998, quando já era conselheiro do TCE. À época, acabara de deixar o segundo cargo no governo Mario Covas (morto em 2001): era chefe da Casa Civil.Os documentos do bloqueio estão em poder de promotores da Suíça e de juízes da França, onde a Alstom também é investigada por suspeita de pagar comissões ilegais para obter contratos com governos.A conta recebeu pouco mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões, pelo câmbio atual), de acordo com a quebra de sigilo.Atualmente, essa conta teria menos de US$ 1 milhão.Marinho foi tesoureiro na campanha do PSDB que levou Covas ao governo de São Paulo em 1995 e ocupou, até abril de 1997, a chefia da Casa Civil. Em 1997, deixou o governo e foi indicado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado por Covas.Caso se confirme a titularidade, ele será o primeiro tucano a ter conta no exterior bloqueada por suspeitas de ter recebido recursos ilegais de empresas que faziam negócios com o governo paulista.Marinho negou à Folha ter conta bancária na Suíça.No final de 2008, o titular da conta tentou transferir os recursos da Suíça para outra conta nos EUA, mas os promotores suíços vetaram a tentativa.O titular recebeu os recursos de contas que fizeram pagamentos considerados ilícitos sob ordens da Alstom, segundo os promotores. Para os investigadores, as datas das transferências têm relação com o contrato que a Alstom assinou com a Eletropaulo em 1998.Também foram bloqueadas outros contas de brasileiros investigados sob suspeita de receber comissões da Alstom. Esses contratos têm origem num projeto de 1983 chamado Gisel (Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo), que visava modernizar a transmissão de energia no Estado.A Alstom, uma das maiores empresas do mundo na área de energia e equipamentos ferroviários, é investigada na Suíça, na França e no Brasil sob suspeita de ter pago milhões de dólares em propina a políticos da América Latina e da Ásia.AditivoA primeira suspeita sobre Marinho aparece num documento da Cegelec, empresa que foi comprada pela Alstom. Em memorando de 21 de outubro de 1997, época em que ele já estava no TCE, um executivo chamado Bernard Metz escreve que é preciso pagar 7,5% para que a empresa consiga o aditivo dez do projeto Gisel.O negócio alcançava R$ 110 milhões em valores de 2001 -hoje seriam R$ 221,22 milhões, quando corrigidos pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). Envolvia o fornecimento de equipamentos para duas subestações de energia.O documento cita as iniciais R. M. entre parênteses da seguinte definição: ex-secretário do governador. De acordo com o documento, a comissão deveria ser dividida entre "o partido", "a secretaria de energia" e o "Tribunal de Contas".Na Suíça, o Ministério Público tem o poder de determinar o bloqueio de uma conta sem pedir permissão para um juiz.

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