quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

 

Lobista da Alstom ensinou Aloysio a obter US$ 95 mi

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Dois dias após ter sido um dos mais duros arguidores do ministro José Eduardo Cardozo, no Congresso, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) voltou a ter seu nome ligado ao escândalo Alstom-Siemens; cópia de e-mail em poder da Polícia Federal mostra que Jorge Fagali Neto, apontado como intermediador de propinas por parte da Alstom, dá dicas ao então coordenador de campanha de José Serra sobre como o governo paulista poderia obter verbas para trens; uma delas foi seguida depois de Serra eleito governador: o aditamento de US$ 95 milhões a um contrato assinado com o Banco Mundial; no Senado, o parlamentar atacou o ministro da Justiça pela exposição de seu nome no caso; e agora, reclamação ainda procede?


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

 

Com Janot à frente, Brasil retoma caso Alstom

Edição247-Wilson Dias-ABr / Divulgação / Carol Carquejeiro / Edson Lopes Jr.-A2 FOTOGRAFIA :
Novo pedido de ajuda dos procuradores da Suíça ao Ministério Público brasileiro marca a retomada da investigação que envolve propina a funcionários públicos e políticos ligados ao PSDB em licitações de trens e metrô durante governos tucanos de São Paulo; quem está agora à frente do caso é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que se colocou de prontidão e encaminhará hoje a primeira leva de documentos à Europa; apurações foram interrompidas depois da falta de colaboração do procurador responsável pelo caso, Rodrigo de Grandis, que arquivou um pedido suíço em uma pasta errada e o esqueceu por lá


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS:Aparece a testemunha do caso Alstom

Por Gustavo Belic Cherubine
Nassif, parece que a semana será bem quente no ninho tucano.
Gustavo Cherubine.
Do R7
Testemunha desvenda esquema de propina do Metrô de SP e do DF


Dinheiro de "caixinha" vinha por meio de duas offshores do Uruguai, segundo documentos

Gilberto Nascimento, do R7
publicado em 14/02/2011 às 05h54:
Documento mostra acordo entre a Siemens Ltda., com sede em São Paulo, e a Gantown Consulting S/A, com sede no Uruguai
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Informações sigilosas de uma importante testemunha vão ajudar a desvendar um esquema internacional de propina que, segundo denúncias, teria sido montado no Brasil pelas multinacionais Alstom e Siemens.
Uma figura que acompanhou de perto contratos firmados nos últimos anos pelas duas empresas com os governos do PSDB em São Paulo e do DEM no Distrito Federal para a compra de trens e manutenção de metrô passou a fazer novas revelações e a esmiuçar os caminhos do propinoduto europeu em direção ao Brasil.
Supostos "acertos" e negociações atribuídos a representantes das duas companhias estão em um documento elaborado por essa fonte e encaminhado ao Ministério Público de São Paulo.
Contatada pelo R7, a testemunha - que se identifica apenas como F. e teme ser fotografada por causa de represálias – dá detalhes de como a propina chegava ao Brasil por meio de duas offshores (paraísos fiscais), a Leraway e a Gantown, sediadas no Uruguai, e de como a Alstom e a Siemens teriam se utilizado da contratação de outras empresas para encaminhar o dinheiro da "caixinha" a políticos, autoridades e diretores de empresas públicas de São Paulo e de Brasília.
F. relata esquemas supostamente arquitetados para a obtenção de contratos da linha 5 do metrô no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo; para a entrega e a manutenção dos trens série 3000 (também conhecidos como trem alemão) para o governo paulista, além da conservação do metrô do Distrito Federal.
O deputado estadual Simão Pedro (PT) encaminhará ao Ministério Público de São Paulo nos próximos dias uma representação pedindo a investigação das denúncias feitas por F..
Sob investigação na Europa
A francesa Alstom e a alemã Siemens foram alvos de investigações na Suíça e na Alemanha por causa da acusação de pagamento de suborno a políticos e autoridades da Europa, África, Ásia e América do Sul. Somente a Siemens teria feito pagamentos suspeitos num total de US$ 2 bilhões.
Um tribunal de Munique acusou a empresa alemã de ter pagado propina a autoridades da Nigéria, Líbia e Rússia. O ex-diretor Reinhard Siekaczek acrescentou que o esquema de corrupção atingiria ainda Brasil, Argentina, Camarões, Egito, Grécia, Polônia e Espanha.
Já a propina paga pela Alstom em diversos países – incluindo o Brasil -, pode ter sido superior a US$ 430 milhões, de acordo com os cálculos da Justiça suíça. No Brasil, a empresa foi acusada, por exemplo, de pagar US$ 6,8 milhões em propina para receber um contrato de US$ 45 milhões no metrô de São Paulo.
A francesa Alstom fabrica turbinas elétricas, trens de alta velocidade e vagões de metrô. Maior empresa de engenharia da Europa, a alemã Siemens faz desde lâmpadas até trens-bala. As duas companhias são concorrentes, mas em determinados momentos na disputa tornavam-se aliadas, conforme a testemunha.
Para trazer o dinheiro ao Brasil
O esquema para mandar dinheiro ao Brasil via offshore, revela F., conta com a participação das empresas Procint e Constech, sediadas na capital paulista e pertencentes aos lobistas Arthur Teixeira e Sergio Teixeira. As offshores Leraway e Gantown seriam sócias da Procint e da Constech. F. mostrou cópias de contratos firmados pela Siemens da Alemanha com as duas offshores. Segundo ele, esses contratos comprovam o envolvimento da empresa alemã no esquema.
As offshores também teriam sido utilizadas, diz a testemunha, em outros contratos com empresas como a MGE Transportes, TTetrans Sistemas Metroferroviários, Bombardier (canadense), Mitsui (japonesa) e CAF (espanhola).
Há dois anos, parte dos documentos em poder de F. foram enviados para o Ministério Público de São Paulo e para o Ministério Público Federal. Promotores confirmaram a veracidade de informações ali contidas. No entanto, ainda não conseguiram colher o depoimento da testemunha, localizada agora pelo R7.
O promotor Valter Santin confirmou que o caso já vem sendo investigado, mas disse que não pode revelar detalhes "por ser sigiloso e envolver conexões internacionais".
Documentação
Uma documentação bem mais ampla – só agora exibida ao R7 – foi enviada por F., em 2008, ao escritório de advocacia Nuremberg, Beckstein e Partners, da Alemanha. Na época, o escritório atuava como uma espécie de ombusdman da Siemens.
- Por que a Siemens não investigou as denúncias encaminhadas e por que a companhia no Brasil foi poupada nas investigações? Não foi por falta de informação, pois a carta mencionada revelava todos os nomes e detalhes e incluía provas dos esquemas de corrupção, avalia F.
Por meio de uma nota, a Siemens diz conduzir seus negócios "dentro dos mais rígidos princípios, legais, éticos e responsáveis" e afirma não ter firmado contrato em parceria ou consórcio "com nenhum concorrente no que tange à manutenção de metrôs".
Na mesma linha, a Alstom afirmou em um comunicado que segue "um rígido código de ética, definido e implementado por meio de sérios procedimentos, de maneira a respeitar todas as leis e regulamentações mundialmente".
A empresa disse que está colaborando com as investigações e "até o momento, as suspeitas de irregularidades em contratos não foram comprovadas e não estão embasadas em provas concretas".

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS: Para ingleses, Alstom pagou propina em SP


Justiça britânica suspeita que esquema de US$ 120 milhões envolvia contratos do Metrô
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A Justiça britânica suspeita que dois funcionários da empresa francesa Alstom seriam responsáveis por organizar o pagamento de propinas para funcionários públicos no Brasil. Os funcionários da empresa, segundo os britânicos, teriam pago mais de US$ 120 milhões em propinas para garantir contratos públicos em todo o mundo.


Parte teria vindo para o Brasil, num caso em que a Justiça suíça já informou ao Ministério Público. As suspeitas são de que a rota do pagamento de propinas passava por Paris, Londres e chegava a funcionários públicos brasileiros, entre outros.

Os envolvidos seriam Stephen Burgin, presidente da unidade inglesa da Alstom, e Robert Purcell, diretor financeiro. Ambos haviam sido detidos em 2010 para questionamento e a Alstom optou por lançar um processo questionando a atitude dos britânicos. Agora, a documentação dos britânicos alega que eles fariam parte de uma célula que organizava o pagamento da propina. Eles teriam pago propinas a funcionários públicos estrangeiros como forma de garantir contratos públicos.

Em São Paulo, a suspeita está relacionada com os contratos do Metrô. Na França e na Suíça, a Alstom é suspeita de ter distribuído milhões de dólares entre 1995 e 2003 para garantir contratos no Brasil, Venezuela, Indonésia e outros mercados emergentes. No Reino Unido a suspeita é de que o pagamento de propinas continuou em todo o mundo após 2004 e mesmo até 2010.

Rotas. A Justiça suíça confirmou ao Estado que manteve reuniões com a Justiça brasileira em relação ao caso e que já havia informado que uma das rotas da propina passava pelo Reino Unido. A suspeita é de que o dinheiro sairia da matriz em Paris, seguiria para o escritórios na cidade de Rubgy e de lá aos brasileiros.

Segundo as conclusões do Escritório contra Fraude no Reino Unido, o pagamento estaria disfarçado de pagamentos de consultorias. De acordo com o documento, o pagamento era uma "estratégia global" da empresa.

Na Suíça, contas em nome de 19 pessoas físicas e jurídicas brasileiras estão bloqueados. No ano passado, o Ministério Público da Suíça congelou US$ 7,5 milhões em nome de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes do governo de Luiz Antonio Fleury Filho. Suspeita-se que o dinheiro seria fruto de pagamentos de propinas da Alstom para garantir contratos públicos.

Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e chefe da Casa Civil do governador Mário Covas entre 1995 e 1997, também está sendo investigado, mas não se manifesta sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.


PARA LEMBRAR

Jornal dos EUA revelou caso em 2008

Em 2008, o Wall Street Journal revelou que a Alstom estava sendo investigada por pagar propina a funcionários públicos no Brasil. Segundo o Ministério Público suíço, políticos brasileiros favoreceram a empresa em licitação do Metrô de São Paulo. A Suíça bloqueou uma suposta conta do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Robson Marinho. Ele teria recebido US$ 1 milhão da Alstom. Em dezembro do ano passado, a Justiça quebrou os sigilos fiscal e bancário de Marinho. As investigações continuam.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS: Conselheiro do TCE-SP recebeu R$ 1 milhão em conta na Suíça

Suspeita é que dinheiro seja propina da Alstom; Marinho não fala

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e chefe da Casa Civil do governador Mario Covas entre 1995 e 1997, recebeu em uma conta na Suíça três depósitos feitos pelo empresário Sabino Indelicato que somam US$ 605.098, segundo documentos obtidos pela Folha.
O valor equivale hoje a pouco mais de R$ 1 milhão.
A suspeita do Ministério Público é que os valores depositados são parte da propina supostamente paga pela Alstom para obter contratos com o governo de São Paulo a partir de 1997.
Há também a hipótese de que Marinho recebeu o valor para aprovar no Tribunal de Contas os contratos da Alstom com empresas como o Metrô e a Eletropaulo.
Indelicato controla uma empresa, chamada Acqualux, que recebeu recursos da Alstom sem que conseguisse comprovar que foi prestado algum serviço de consultoria -a justificativa oficial para o pagamento.
Ontem a Folha revelou que a Justiça determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Marinho por conta da suspeita de enriquecimento ilícito.
Também foi quebrado o sigilo do engenheiro Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô.
A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi diz na decisão que 11 investigados e a Acqualux não conseguiram comprovar com documentos os bens que acumularam.

TUDO NA SUÍÇA
Numa investigação sobre pagamentos de propina pela Alstom, iniciada na Suíça, os promotores daquele país descobriram que Marinho controla a "offshore" Higgins Finance, empresa em que é mais difícil descobrir quem é o seu verdadeiro dono.
Foi na conta da Higgins, aberta no Crédit Lyonnais, que Indelicato fez três depósitos: de US$ 326.130,00 em 19 de junho de 1998, de US$ 36.000,00 em 21 de maio de 2003 e US$ 242.968,00 em 24 de fevereiro de 2005.
Levantamentos feitos por promotores suíços apontam que Marinho movimentou cerca de US$ 3 milhões (R$ 5 milhões) naquele país.
A Folha revelou em junho e agosto do ano passado que a Suíça congelou as contas de Marinho e de Fagali Neto por suspeitar que se trata de dinheiro público desviado.

OUTRO LADO
Marinho disse à Folha anteontem que não comenta a investigação sobre a Alstom porque ela corre sob segredo de Justiça. Refutou com veemência a hipótese de enriquecimento ilícito -afirma que seus bens foram comprados com patrimônio legal.
A reportagem deixou recados na casa de Indelicato, mas ele não ligou de volta. (JOSÉ ERNESTO CREDENDIO e MARIO CESAR CARVALHO)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS:Justiça de SP nega à Alstom acesso a documentos de investigação do Ministério Público

Especial para o UOL Notícias
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido da Alstom Brasil Energia e Transporte para ter acesso aos documentos da investigação feita pelo Ministério Público. O MP apura supostas irregularidades nos contratos da Alstom com empresas ligadas ao governo de São Paulo. O grupo industrial francês pretende que a justiça paulista quebre o sigilo da investigação e proíba a promotoria de usar documentos enviados pelo Ministério Público suíço ao Ministério da Justiça.

O advogado da Alstom, Pedro Estevam Serrano, alega que o Ministério Público paulista faz uso indevido da documentação que o governo brasileiro recebeu das autoridades da Suíça. Segundo ele, existe proibição legal para esse uso e reclama da Justiça que mande parar as investigações e anule os atos já praticados pela Promotoria de Justiça. Ele argumenta ainda que o sigilo não tem amparo legal e que a defesa tem o direito de acesso ao inquérito civil.

A investigação é feita por meio do inquérito civil nº 204/2008, que apura denúncia de suposto recebimento de propina por um empregado da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O promotor Silvio Antonio Marques, responsável pelo inquérito civil, sustenta que o acesso aos documentos iria prejudicar a investigação.

Segundo o promotor, como ainda não há autorização das autoridades suíças – que poderá bloquear a cooperação internacional com o Brasil – e como as diligências ainda não acabaram, uma eventual quebra do sigilo daria acesso a informações sobre outros investigados.

Os documentos suíços foram entregues ao Ministério da Justiça por meio de “comunicação espontânea”. Esse tipo de cooperação entre as autoridades dos dois países tem amparo legal, pois está acobertada pelo artigo 67 da Lei Federal de Cooperação Internacional (Loi Su I’entraide Pénale Internacionale – OEIMP), de março de 1981.

A norma permite à autoridade suíça entregar as autoridades estrangeira provas colhidas em investigações, caso entenda que a transmissão vai permitir a abertura de investigação no outro país. No caso da Alstom, o Ministério Público Federal em São Paulo e o Ministério Público estadual receberam os documentos do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.

A 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que não havia razão para sustentar o uso indevido da documentação, pois não existiria proibição legal para instruir investigação de natureza civil.

“O Ministério Público da Confederação Suíça só impede o uso das informações em inquéritos ou processos que versem sobre delitos políticos, militares e fiscais”, afirmou o desembargador Peiretti de Godoy.

Para o desembargador, a restrição de acesso ao inquérito civil não viola o devido processo legal. Para sustentar esse argumento, Peiretti de Godoy diz que o caso da Alston trata de procedimento informativo e que por essa questão não haveria necessidade de atender aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

O desembargador defendeu que o sigilo das informações era lícito, principalmente porque haveria risco de saque e desaparecimento de valores que possam ter sido desviados dos cofres públicos. Ele ainda apontou uma eventual destruição de provas no caso de acesso à investigação.

Para ele não haveria qualquer ilegalidade no ato administrativo do Ministério Público, inexistindo, portanto direito líquido e certo a ser amparado por meio de mandado de segurança.

sábado, 8 de maio de 2010

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS:MP apura ligações entre integrantes do governo e empresas que construirão o Veículo Leve sobre Trilhos


Ministério Público amplia investigações de empresas responsáveis pelo VLT
MP apura ligações entre integrantes do governo e empresas que construirão o Veículo Leve sobre Trilhos
Ana Maria Campos
O projeto que era a menina dos olhos de José Roberto Arruda (sem partido) se transformou no mais novo foco de problemas para o ex-governador do Distrito Federal. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) voltou à carga ontem para novas buscas e apreensões na sede da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), dentro da chamada Operação Bagre. Promotores e oficiais de Justiça recolheram documentos e computadores em busca de informações sobre os estudos que deram origem ao projeto de construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que teve as obras embargadas pela Justiça.

Com o apoio do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC), a promotora Karina Soares Rocha, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, apura irregularidades na contratação das empresas Altran-TCBR e Dalcon Engenharia, que participaram da elaboração do projeto do VLT, um bonde elétrico previsto para ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à Esplanada dos Ministérios, passando pelas W3 Sul e Norte. O empreendimento é uma das principais metas do Governo do Distrito Federal para a organização de Brasília como uma das sedes da Copa de 2014.

De acordo com o Ministério Público, há suspeita de irregularidades na licitação para o projeto básico, que teria contaminado a formação de todo o consórcio contratado para realizar a obra, formado pelas empresas Via Engenharia, Mendes Júnior, Alstom e TCBR. Os promotores investigam as relações de integrantes do governo Arruda, entre os quais o próprio ex-governador, com os donos da Altran-TCBR, empresa que tem parcerias com a francesa Alstom.

O ex-presidente do Metrô José Gaspar de Souza trabalhou como consultor da TCBR, empresa responsável por todos os projetos do sistema viário no Programa Brasília Integrada. Especializada em obras civis na área de transporte, a TCBR fez também o projeto do Metrô do Distrito Federal, idealizado na gestão de Arruda como secretário de Viação de Obras, no primeiro governo de Joaquim Roriz.

Primeira etapa
Em 22 de abril, o Ministério Público fez a primeira etapa da Operação Bagre, quando promotores estiveram na sede do Metrô, em Águas Claras, e das empresas Altran-TCBR e Dalcon. Também houve buscas na casa de Gaspar de Souza, especialista na área de transporte que acompanha Arruda desde os primeiros projetos do Metrô-DF. Gaspar tornou-se no GDF o coordenador do projeto do VLT. Para colocar em prática a diretriz de Arruda, que tinha no sistema de transporte uma das metas para melhorar o trânsito no centro de Brasília, Gaspar visitou projetos semelhantes em várias cidades do mundo, como Bordeaux, na França, e Dusseldorf, na Alemanha.

Em virtude da operação do Ministério Público, o governador Rogério Rosso (PMDB) decidiu exonerar Gaspar e designou para exercer o cargo de diretor-presidente do Metrô Cairo Ramos, que até então exercia a função de diretor financeiro. Ainda sob o comando de Gaspar, a direção do Metrô-DF divulgou nota em que informou que o Tribunal de Contas do DF aprovou a licitação na qual 40 empresas adquiriram o edital, mas devido a especificidades do projeto, apenas duas participaram da concorrência.

A Dalcon Engenharia venceu a licitação. O Metrô sustentou ainda que a cópia do processo está em poder do Ministério Público do Distrito Federal desde 2007. O diretor da Dalcon Engenharia, Antônio Américo Requião Passos, sustenta que as suspeitas de irregularidades não têm fundamento. Segundo ele, a empresa paranaense ganhou a concorrência por cumprir todos os requisitos exigidos.

Interdição na Linha Verde
Amanhã, das 8h às 10h, a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) terá o tráfego interrompido na via expressa norte e marginais, sentido Plano Piloto-Taguatinga. A interdição ocorrerá 300m depois da entrada principal do Setor Habitacional Lucio Costa até o trevo de acesso ao Jóquei na Estrada Parque Vale (EPVL). A interrupção se dará para a retirada dos cabos da rede de transmissão da CEB. Os motoristas só terão acesso a Taguatinga pela Via Estrutural. Os condutores que estiverem na EPTG na região do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) serão direcionados ao Setor Terminal de Cargas para que possam entrar na Estrutural.

Memória
Recursos internacionais

Em julho de 2009, o então governador, José Roberto Arruda, esteve em Paris e Montpellier, na França, para conhecer experiências de sucesso do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e negociar um financiamento no valor de 134 milhões de euros, ou seja, aproximadamente R$ 330 milhões, com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para o empreendimento. Arruda foi recebido pelo presidente da instituição financeira, ligada ao governo francês, Jean Michel Severino, e conseguiu dele um compromisso de ampliar a linha de financiamento para um novo trecho do sistema de transporte.

Na viagem, Arruda acertou detalhes sobre encontro que teria com o presidente da França, Nicolas Zarkozy, proposto por Severino. Participaram da comitiva do então governador representantes das empresas que integram o consórcio responsável pela obra — Via Engenharia, Mendes Júnior e Alstom Brasil. Na viagem, ficou acertado que a Alstom, contratada para fornecer os equipamentos do VLT, emprestaria um vagão para ser exposto em Brasília durante a passagem de Sarkozy.

O presidente da França veio a Brasília para participar da festa do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas esteve, por oito minutos, no estande de demonstração do VLT montado em frente ao shopping Pátio Brasil pela Companhia do Metropolitano de Brasília, ao lado de Arruda. (AMC)
Correio Braziliense

 

CASO ALSTOM E OS TUCANOS:Suíça denuncia banqueiro por ligação com propina no Brasil


CASO ALSTOM
Suíça denuncia banqueiro por ligação com propina no Brasil
DE GENEBRA
O Ministério Público da Suíça denunciou por lavagem de dinheiro, pagamento de propina, falsificação e prática ilícita de negócios um banqueiro suíço ligado ao escândalo da Alstom.
A empresa francesa é suspeita de corrupção em licitações brasileiras, como a do metrô de São Paulo e a da Eletropaulo, entre outras.
As acusações contra Oskar Holenweger coroam sete anos de idas e vindas do caso e foram formalizadas no Tribunal de Bellinzona na última quarta-feira.
Segundo a denúncia, a Alstom usou Holenweger para emitir faturas falsas em contratos simulados de consultoria, que encobriam o pagamento de propina em concorrências públicas e licitações no Brasil e em outros países.
O Ministério da Justiça brasileiro encaminhou recentemente à Justiça da Suíça e à da França um pedido para quebra de sigilo de 19 pessoas e empresas suspeitas de receber propina da Alstom em licitações do governo paulista nos anos 90. (LUCIANA

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